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@InProceedings{PereiraCuel:2015:ImAmSo,
               author = "Pereira, Guilherme Reis and Cuellar, Miguel Zanic",
          affiliation = "{Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)} and {Instituto 
                         Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)}",
                title = "Impactos Ambientais e Socioecon{\^o}micos da Seca de 2012 / 2014 
                         e Conflitos pela {\'A}gua no Baixo Jaguaribe, no Estado do 
                         Cear{\'a}",
            booktitle = "Anais...",
                 year = "2015",
         organization = "Congresso Brasileiro de Sociologia, 17.",
             abstract = "De tempos em tempos a seca afeta as atividades agropecu{\'a}rias 
                         no Semi{\'a}rido e traz dificuldades para as 
                         condi{\c{c}}{\~o}es de vida da popula{\c{c}}{\~a}o. No 
                         passado, a regi{\~a}o do Vale do Jaguaribe tamb{\'e}m sofreu 
                         grandes secas nos anos de 1724 at{\'e} 1728 e de 1732, que 
                         mataram muitos habitantes e quase todo gado. As secas de 1777 a 
                         1778 e de 1790 a 1793 tamb{\'e}m mataram quase todo rebanho e 
                         acabaram com a ind{\'u}stria do charque jaguaribano (Pantalena e 
                         Maia 2014, p.5). Mesmo em microrregi{\~o}es pr{\'o}ximas a 
                         bacias hidrogr{\'a}ficas, a seca atinge justamente a parcela da 
                         popula{\c{c}}{\~a}o mais vulner{\'a}vel economicamente que 
                         est{\~a}o distantes dos reservat{\'o}rios. A quest{\~a}o do 
                         manejo e distribui{\c{c}}{\~a}o da {\'a}gua {\'e} central para 
                         mitigar os efeitos da seca e viabilizar um desenvolvimento com 
                         avan{\c{c}}os sociais. Entretanto, a gest{\~a}o dos recursos 
                         h{\'{\i}}dricos, em geral, e a pol{\'{\i}}tica de 
                         irriga{\c{c}}{\~a}o, em particular, s{\~a}o feitas de maneira 
                         ineficiente, sem o uso racional da {\'a}gua e sem 
                         assist{\^e}ncia t{\'e}cnica aos agricultores irrigantes. Em 
                         conseq{\"u}{\^e}ncia, o acesso {\`a} {\'a}gua {\'e} desigual 
                         entre as empresas e fazendeiros do agroneg{\'o}cio e os pequenos 
                         produtores da agricultura familiar. Tal situa{\c{c}}{\~a}o 
                         est{\'a} provocando conflitos pelo acesso {\`a} {\'a}gua, por 
                         terras pr{\'o}ximas aos reservat{\'o}rios de {\'a}gua e pelo 
                         acesso ao per{\'{\i}}metro irrigado. A partir das imagens do 
                         sat{\'e}lite Landsat-7, constata-se o desaparecimento de 
                         l{\^a}minas d'{\'a}gua na microrregi{\~a}o do Baixo Jaguaribe, 
                         situada a leste do estado do Cear{\'a}. O Baixo Jaguaribe {\'e} 
                         cortado pela bacia do rio Jaguaribe que tem uma extens{\~a}o de 
                         610 km, sua {\'a}rea de drenagem chega a 80 mil km2 e {\'e} 
                         formada {\`a} direita pelos rios Carius, Salgado e Figueiredo e, 
                         {\`a} esquerda, pelos rios Banabui{\'u} e Palhano (Pantalena e 
                         Maia, 2014). As chuvas se concentram entre os meses de fevereiro a 
                         maio e s{\~a}o distribu{\'{\i}}das no espa{\c{c}}o de forma 
                         irregular. Em condi{\c{c}}{\~o}es normais de chuva a partir de 
                         720 mm, havia a{\c{c}}udes e muitas lagoas naturais que se formam 
                         quando se eleva o n{\'{\i}}vel dos rios e a{\c{c}}udes. A 
                         disponibilidade de recursos h{\'{\i}}dricos e o relevo plano 
                         possibilitaram a implanta{\c{c}}{\~a}o de dois projetos de 
                         irriga{\c{c}}{\~a}o pelos governos federal e estadual, atraindo 
                         empresas nacionais e multinacionais da fruticultura (mel{\~a}o, 
                         banana e abacaxi) e de gr{\~a}os (arroz, feij{\~a}o, milho e 
                         soja). Entre os impactos da seca, pode-se destacar o surgimento de 
                         conflitos socioambientais em raz{\~a}o da escassez de {\'a}gua, 
                         mesmo numa regi{\~a}o privilegiada do Semi{\'a}rido com a 
                         presen{\c{c}}a de rios e o maior a{\c{c}}ude do pa{\'{\i}}s. 
                         Pode-se observar nas imagens de sat{\'e}lite que h{\'a} 
                         pol{\'{\i}}gonos verdes em meio {\`a} paisagem seca da 
                         Caatinga. Existem conflitos pelo acesso {\`a} {\'a}gua entre as 
                         empresas instaladas nos per{\'{\i}}metros irrigados e os 
                         pequenos agricultores distantes dos recursos h{\'{\i}}dricos. 
                         Tamb{\'e}m tem conflito entre o abastecimento humano e a 
                         agricultura irrigada. Do lado do agroneg{\'o}cio, h{\'a} o 
                         interesse em continuar aumentando a produ{\c{c}}{\~a}o e, 
                         conseq{\"u}entemente, aumentando o consumo de {\'a}gua. Por 
                         outro lado, na Regi{\~a}o Metropolitana de Fortaleza h{\'a} mais 
                         de dois milh{\~o}es de pessoas que s{\~a}o abastecidas, em 
                         grande parte, pelos a{\c{c}}udes Or{\'o}s e Castanh{\~a}o 
                         atrav{\'e}s do Canal do Trabalhador.",
  conference-location = "Porto Alegre, RS",
      conference-year = "20-23 jul.",
             language = "pt",
           targetfile = "pereira_impactos.pdf",
        urlaccessdate = "27 abr. 2024"
}


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